Josué ninguém
Abafado pelo barulho estridente dos fogos de artifícios, fora o choro que, pela primeira vez se encontrara com os tóxicos, porém, necessários fragmentos de ar. Fragmentos estes que se adentraram àquele tão novato pulmão do pequenino que, segundos antes, nascera na sala de parto mal iluminada de número quatro. Veio a vida no único dia do ano em que se dá, formosamente, as boas vindas ao primeiro dia de um mês, mas por ter sido fruto de uma relação indesejada, Josué não fora, da mesma forma, cortejado. No pronto socorro de Santa Sofia o pequeno Josué veio a existência e após complicações no parto, fora entregue aos braços de sua mãe já fora do risco eminente que minutos antes corria. Eis a máxima da vez: Salvaram-no da morte, mas não o salvaram da vida. Após o período de dolorosa amamentação, enrolado em um lençol que já mal cheirava, encontrou-se Josué, enjaulado por quatro paredes de papelão e graças a sua mais inata habilidade fora encontrado, aos prantos, por uma senhora que pela